sábado, 26 de setembro de 2009

Órgãos e sentidos

"Permita agora que te fale do sofrimento do Mundo, e pode ser que me escutes. Pois, na verdade Ele é o senhor deste Mundo, e ninguém existe que lhe escape a rede. (...) Vem vamo-nos daqui e emendemos essas coisas (do Sofrimento), e impeçamos que aconteçam. Para que te demorarás aqui a chamar pelo teu amor, se ele não te acode ao chamá-la? E o que é o amor, para que lhe dês tanto valor"


 

(Oscar Wilde - O Pescador e sua Alma (Frações):1891)

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Emperor

  
         
         

Minha vida é assim Cada dia, um diferente do outro, não posso dizer que é ruim a não ser pela parte de rentar adivinhar o que queres dizer, o que foi falado por de trás das palavras que mandou pra mim

Mesclar a realidade com os sentimentos que eu gostaria que existissem, mas são apenas frutos de palavras não ditas e e ações insignificantes No final vou sentir ódio, como sempre Esse é a obstinação de todo meu futuro

Todo meu apego, pelo que não existe Ou por aquilo gerado pela minha mente (não sei se é a mesma coisa)

Eu escrevo bem. Mas nada sei transmitir Que sinto muito Eu, de fato, não queria existir perto de você Ou te conhecer Foi um erro, nascer, Um absurdo imensurável tentar me envolver Ou esperar algo de você.

Espero que dê pra entender:

Some.


 

Tem coisas que nunca vão mudar.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Sante

Alérgico ao mundo,

descasco minha pele

ao coçar-la

tentado livrar-me do apego o do sentimento e


 

Um sangue, quente e preto,

não escorre, escama sobre mim,

e endurece meu corpo, dia-a-dia,

deprimindo meu movimento e


 

A minha respiração, cada vez mais descontinua,

puxando o sofrimento geral

e expirando a desilusão

o caos e o futuro. O Próximo Passo


 

De encontro ao mundo real:

Um subjetivo irracional,

Um objetivo sem sentido,

De um busca.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Fragmentos de 2005

sim, olhe alto e acima ela há de estar

fina, de cor fácil

derramar muito de mim ainda fará

prata, de pureza extinta

incompreendida, mas por muitos adorada

por nenhum jamais tocada, dor minha prata irei trocar

da minha alma deixar-te-ei provar

das verdades (mentiras) relativar

rimar a ela não, sendo jamais

malgrado como música soar

ps.: tenho que fugir destas rimas idiotas e destes verbos, tenho raiva dele

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Saudades

Muito, pra mim, é tão pouco

E o ar que me dão já não é suficiente

Pra suportar o tamanho do corpo


 

A paixão, que me dão, é dão

É pouco, pra manter minha alma

Ela quer sair, conhecer, desfrutar


 

De tudo o que o meu corpo impediu...


 

E até tudo, tudo ainda é pouco, quero mais da vida, mais do que eu mesmo posso conseguir...

Quero me proporcionar um sorriso sincero, uma paixão quente, quero tudo que nunca tive.

Eu quero você.