quinta-feira, 22 de abril de 2010

O Ódio

O ódio, com um bafo quente, surge de dentro
e é num momento qualquer que surge o ódio.
Não se sabe ao certo onde é formado tal desgosto, mas todos sabemos que ele vem de dentro.
Além disso, ao viver, sabemos que existem vários modos de se odiar.
Entretanto existem apenas do tipos de ódio: o concreto e o abstrato.
O ódio abstrato é um sentimento deslocalizado, globalizado e generalizado.
O individuo apresenta tal tal patologia não apresenta sintomas específicos.

Já o ódio concreto se apresenta de forma muito mais constante.
Lábios rasgados e punho fechado, sensibilizados para rechaçar qualquer estímulo vindo do alvo.
O ódio abstrato não é um simples sentimento de momento. É sim um conjunto de fenômenos que explicam o atrito entre dois individuos. E as decorrências deste atrito.

O ódio não é unilateral.

A beleza do ódio concreto está em sua intensidade. E o ódio pode desaparecer.


Depois do Ódio, vem o Orgulho.

Dentre abraços e memórias

Dentre abraços e sorrisos perdidos, en la vie on ecrit une histoire.
E como escrevemos nossa história?
Os beijos impossíveis podem ser o ápice. As noites de solidão vão se tornando cada vez mais comum, a medida que envelhecemos. Enquanto uma criança nunca está só, os velhos de 30 anos estão as sós, mesmo que dormindo do lado d outrem.
Mudamos nossas necessidades, com uma falta de naturalidade, inventamos a cada dia uma nova fisiologia para nossa vida social.
Os dias passam e se não aprendemos a passar com eles, nos afundamos em nós mesmos. Nossas invenções de cada dia nos afogam. No fim teremos construído um monstro, que é como um livro de anotações lotado de assinaturas de outros. Alguns livros são lembrados e outros esquecidos.

Um abraço e uma memória,
a memória química não se desfaz, mas esquecemos.
Todos que desejam ser esquecidos, esquecemos.
As dores e os prazeres todos, no estimulam a escolher
e as escolhes nos constroem e destroem, pouco a pouco.

Escolher quem pode chegar perto, escolher quem deve manter distância
e são muitas as escolhas que fazemos todos os dias.
E por mais que não pareça, todas elas mudam as nossas vidas e escrevemos nosso próprio destino mesmo num mundo determinista.